Abstract

A fratura do fémur está associada a importante morbimortalidade, sendo que menos de metade dos doentes regressam ao seu nível prévio de autonomia. Uma abordagem multidisciplinar permite uma reabilitação funcional imediata, bem como melhor gestão de comorbilidades, prevenção de fraturas secundárias e das quedas. Objetivos: apresentação da casuística de 3 meses de uma unidade de Ortogeriatria. Material e métodos: Descreve-se a demografia dos doentes admitidos, grau de dependência funcional, comorbilidades, intercorrências, tempo de internamento, mortalidade e destino à data de alta. O ganho de funcionalidade no internamento foi também avaliado. Resultados: De outubro/2015 a janeiro/2016 foram admitidos 66 doentes após cirurgia de fratura proximal do fémur. Média de idades foi 82,94±6,93 anos; 86% eram mulheres. O tempo de internamento foi de 7,8±4,68 dias, sendo o tempo médio para realizar cirurgia de 3±3,37 dias. Quanto ao grau de funcionalidade prévio 47% eram Katz A; à admissão 85% tinham mRankin ≤3. Identificaram-se várias comorbilidades em 89% dos doentes; nas intercorrências, a mais frequente foi a anemia (53%). Houve um ganho na funcionalidade relativamente à admissão na unidade de 75,8% e em relação ao estado funcional anterior ao evento de 19,7%. Setenta e um porcento dos doentes tiveram alta para o domicílio; a taxa de mortalidade foi de 1,52%. Conclusões: A unidade demonstrou eficiência no controlo das comorbilidades, reduzidas complicações e baixa mortalidade. Registou-se um ganho funcional comparando com a admissão em 3 em cada 4 doentes e em relação ao estado basal prévio em 1 em cada 5 doentes.

© 2017 Galicia Clínica.

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